domingo, 11 de outubro de 2009

O impostor

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"Miserável homem que eu sou!"-Romanos 7:24

A vida em torno do falso eu gera o desejo compulsivo de apresentar ao público uma imagem perfeita, de modo que todos nos admirem e ninguém nos conheça.

A vida dedicada à sombra é uma vida de pecado. Pequei em minha recusa covarde — por temer ser rejeitado — de pensar, de sentir, de agir, de responder e de viver a partir do meu eu autêntico. Recusamos ser nosso verdadeiro eu até mesmo com Deus — e depois nos perguntamos por que nos falta intimidade com ele.

O ódio pelo impostor é na verdade o ódio de si mesmo. O impostor e eu constituímos uma só pessoa. O desprezo pelo falso eu dá vazão à hostilidade, o que se manifesta como irritabilidade geral — irritação pelas mesmas faltas nos outros que odiamos em nós mesmos. O ódio próprio sempre redunda em alguma forma de comportamento autodestrutivo.

Aceitar a realidade da nossa pecaminosidade significa aceitar o nosso eu autêntico. Judas não conseguiu encarar sua sombra; Pedro conseguiu. Este fez as pazes com o impostor interior; aquele se levantou contra ele. Quando aceitamos a verdade do que realmente somos e a rendemos a Jesus Cristo, somos envoltos em paz, quer nos sintamos em paz, quer não. Quero dizer com isso que a paz que ultrapassa o entendimento não é uma sensação subjetiva de paz; se estamos em Cristo, estamos em paz, mesmo quando não sentimos nenhuma paz.

Jesus revela os verdadeiros sentimentos de Deus em relação a nós. Ao virarmos as páginas dos evangelhos, descobrimos que as pessoas que Jesus lá encontra são você e eu. O entendimento e a compaixão que ele oferece a elas, ele também estende a você e a mim.

Quanto maior o tempo na presença de Jesus, mais você ficará acostumado com sua face e de menos adulação necessitará, porque terá descoberto por si mesmo que ele é suficiente. E, nessa Presença, você se encantará com a descoberta do que significa viver pela graça e não pelo desempenho.

Brennan Manning

2 comentários

Unknown disse...

Lindo texto, Pr Edmilson. Parabéns!
Nós reflectimos muito pouco sobre nós próprios. Temos medo do nosso próprio julgamento.

Abraços
Luísa

Greice Amorim disse...

A paz do senhor pastor Edmilson, gostei muito do texto e dos demais artigos do blog. Obrigada pela visita e por seguir meu blog, meu esposo e eu estaremos sempre por aqui.
Greice

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