segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O segredo espiritual do rei Davi

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O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará – Salmo 23.1

O livro dos Salmos, em particular os setenta e três atribuídos a Davi, constituem–se em uma janela para a alma dele. Alguns trazem comentários introdutórios revelando as circunstâncias em que foram escritos. É importante lermos o diário espiritual de Davi nos Salmos e a partir da evidencia deste registro "interior", nos voltarmos para o registro histórico nos livros de Samuel.

Vemos nos Salmos a forma como Davi enxergava a vida. Suas proezas — matar animais selvagens só com as mãos, vencer Golias, sobreviver às investidas de Saul, dispersar os filisteus – certamente lhe granjearam posição de destaque na História. Mas, ao refletir sobre estes eventos e escrever poemas sobre eles, encontrou um jeito de tornar Jeová, o Deus de Israel, o centro das atenções. Davi experimentou a presença de Deus. Quer expressasse esta presença em poemas sublimes de louvor, quer em reclamações comuns, de qualquer forma envolvia Deus, intencionalmente nos detalhes de sua vida.

Davi confiava no interesse que Deus tinha por sua vida. Durante toda sua vida Davi acreditou, de verdade, que o mundo invisível de Deus – o céu, os anjos e tudo mais – era tão real quanto seu próprio mundo de espadas, lanças, cavernas e tronos. Os salmos constituem–se no registro de seu esforço consciente para submeter sua vida cotidiana à realidade do mundo invisível que era maior do que ele.

De alguma forma, no processo de compor, Davi foi capaz de levantar seus olhos voltando–os para o céu, acima dele. No mais improvável dos cenários, ele vem a afirmar: Deus reina.

Assim como Davi, passamos por situações em que nossa resistência acaba, o medo se instala, parece que Deus se afastou e as forças hostis nos cercaram. Em momentos assim volto–me para os Salmos. Suspeito que Davi os escreveu como uma forma de terapia espiritual, um caminho para voltar–se para a fé quando seu espírito e suas emoções vacilavam. E hoje, muitos séculos depois, podemos usar exatamente as mesmas orações como passos de fé, caminho que nos liberta da obsessão conosco mesmos e nos leva à verdadeira presença de nosso Deus.

Philip Yancey (Adaptado)

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