quinta-feira, 22 de abril de 2010

Comunicação é Muito Mais Do Que Palavras

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Existem basicamente dois tipos de pessoas que se comprome­tem em conversações: aquelas que querem se comunicar e aquelas que querem se mostrar. O posterior é normalmente um "entendido" em tudo. Ele não pode resistir à tentação de dar a sua opinião na roda. Ele é o amigo que faz um comentário na sala de aula a fim de ser notado pelos outros em vez de aprender com os outros.

O verdadeiro entendido a respeito de um tema nunca precisa humi­lhar os outros para que ele seja reconhecido. Nem mesmo precisa usar um jargão técnico estrangeiro na comunicação com o público leigo. Tal jargão é útil entre profissionais, mas basicamente inútil em outros lugares.

Nós temos criado um jargão próprio para a religião - palavras como salvação, santificação, santidade, e reconciliação. Estas são pala­vras inestimáveis e significantes para nós, mas elas nem sempre se comunicam com as pessoas que não são cristãs.

Um dos paradoxos da comunicação é que a palavra deve ser enten­dida por ambas as partes antes de ela ser aceita para uso. Só porque você entende a palavra ou o conceito, não significa que a pessoa com quem você está conversando também a entende. O comunicador, en­tão, é responsável por escolher palavras que são aceitáveis para ambas as partes. Usar palavras difíceis e longas simplesmente pelo fato de elas impressionarem, não significa que elas farão uma boa comunica­ção. Jogar palavras ao ar e assumir que elas serão entendidas é ser irresponsável e egoísta.

E. H. Hutten conta uma bonita história sobre Albert Einstein. É um bom exemplo de como um "entendido", que conhece bem de um cer­to assunto, não sente a necessidade ou o desejo de impressionar aos outros. Enquanto em Princeton, Einstein ocasionalmente comparecia a conferências dadas por cientistas, que normalmente se expressavam e se apresentavam de maneira obscura e técnica. Assim Hutten relata o fato:

Einstein se levantava após a apresentação e perguntava onde é que ele poderia escrever uma questão. Então ele ia até o quadro negro e começava a explicar a mesma apresentação feita pelo conferencista, mas de uma maneira bem mais simplificada. "Eu não tenho certeza de tê-lo entendido corretamente", dizia ele com grande gentileza, e então deixava claro que o conferencista não tinha se pronunciado cla­ramente.

É isto o que significa ter uma comunicação efetiva. Jesus era o Mestre em nunca assumir que algo tinha sido comunicado somente por ter sido dito. Ele usava de uma criatividade infinita: ilustrações, parábo­las, testes, questões, estudos, e assim por diante. O teólogo e filósofo Aquinas disse há muito tempo, "O professor ruim fica onde ele está e pede ao aluno que venha até ele". "O bom professor vai até onde o aluno está, o chama, e o lidera para onde ele deve ir".

Max Lucado

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